Às vezes assusta, horroriza, causa estranhamento ou simpatia, nojo, curiosidade. A cohabitação de diferentes seres num mesmo lugar pode basear-se na dependência mútua, na competição e muitas outras categorias que a biologia já descreveu, nomes que quase sempre nos esquecemos.
A equipe de dois componentes do blog, na manhã de hoje, deparou-se numa incursão ao centro da cidade de Itaituba com uma cena digna dos tablóides televisivos do meio dia e das seis da tarde. Um rato estava sendo avaliado por urubus. Várias testemunhas apenas passavam pelo local sem dar a mínima importância ao fato.
Após sair de seu refrescante banho matinal na sarjeta, suas feridas sangrentas, seu cheiro atrativo e sua aparência moribunda chamaram a atenção dos carniceiros que esperavam (ou não) o suspiro final do pobre roedor. Não pudemos nos aproximar muito da cena sob pena de sofrer um ataque. Afinal de contas, ao menos naquele momento, não disputávamos nada. Tampouco seríamos partidários da infeliz ratazana, que ficou entregue ao seu fatal destino.